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A Sétima Teoria Divina: O Paradigma Final da Estrutura Espiritual do Universo

Por Wesley de Oliveira

O Colapso das Velhas Teologias

Durante milênios, a humanidade buscou compreender a origem, o papel e a natureza de Deus através de diferentes sistemas de pensamento teológico e filosófico. Do politeísmo ao monoteísmo, do panteísmo às cosmologias contemporâneas, todos os sistemas conhecidos enfrentam um ponto comum: o esgotamento teórico diante da realidade concreta e do sofrimento existencial humano.

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07/04/2025 21h01

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Resumo

A teologia acadêmica contemporânea, afastada do dogmatismo institucional, já percebe que os seis sistemas anteriores não se sustentam filosoficamente. Eles se autocontradizem, falham em oferecer explicações coerentes sobre a origem da dor, do mal e da ausência percebida da divindade no mundo. É nesse vazio que surge a Sétima Teoria Divina (STD) – uma nova proposta ontológica e espiritual, que recoloca a divindade como pensamento absoluto, em autocontemplação.

As Seis Teorias Divinas Clássicas

As seis teorias clássicas sobre o divino tentam explicar a relação entre Deus e o universo. Cada uma oferece uma visão distinta da divindade e sua atuação na realidade:

  • Deísmo: Deus é visto como um arquiteto ausente. Ele criou o universo, mas não interfere mais em seu funcionamento.
  • Politeísmo: A crença em múltiplas divindades, cada uma responsável por diferentes aspectos do mundo natural e da existência.
  • Monoteísmo: Defende a existência de um único Deus, soberano e pessoal, que governa o universo e se relaciona com sua criação.
  • Platonismo Tardio: (Aqui nasce o Cristianismo) Tudo emana do Uno. A realidade se forma por uma cadeia descendente de manifestações espirituais a partir de uma fonte absoluta.
  • Panteísmo: Deus é o próprio universo. Tudo que existe é divino e compartilha da mesma substância espiritual.
  • Multiverso/Cosmologia: A realidade é composta por múltiplos universos paralelos, onde a divindade se dispersa ou se dissolve em infinitas possibilidades.

Apesar de suas contribuições históricas, essas teorias falham em responder satisfatoriamente por que o mundo continua caótico, moralmente ambíguo e espiritualmente silencioso. Nessas visões, Deus é muitas vezes distante, contraditório ou indefinido.

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A Sétima Teoria Divina: A Divindade como Autoconsciência Pura

Inspirando-se na teologia aristotélica — “Deus é pensamento de pensamento” —, a STD rompe com o paradigma de um Deus criador externo. Em vez disso, postula que Deus é uma consciência absoluta, eterna, e autossuficiente, que se contempla em um estado de atividade puramente teorética. Este Deus não criou o universo por vontade, mas sim como um reflexo incidental da sua própria autoconsciência. O mundo não é um projeto, é uma emanência involuntária da inteligência divina. Portanto, a divindade não opera no mundo diretamente, não responde orações, não pune nem recompensa.

A Criação como Subproduto

O universo seria, então, endógeno à própria divindade — não um objeto exterior, mas uma projeção interior. Vivemos “dentro” de Deus, mas não como filhos de um criador amoroso, e sim como fragmentos autônomos, flutuando dentro de uma vastidão contemplativa.

Jesus, o Cristo, e a Linguagem Divina

A STD propõe uma leitura revolucionária sobre a figura de Jesus: ele não foi um ser enviado por Deus, mas um homem que atingiu o mais alto grau de amor consciente pela divindade. Este amor intenso criou uma ponte: o Cristo, não como uma entidade sobrenatural, mas como um campo de linguagem divina acessada através da pureza e da contemplação absoluta.

Nesse sentido, o "Filho de Deus" não foi dado ao mundo por um pai celeste, como diz o Evangelho, mas surgiu como resposta natural ao esforço espiritual extremo de um ser humano. O Cristo é o código da divindade acessado por quem ama com o coração limpo e a razão desperta.

Desconstrução do Bem e do Mal

Ao eliminar a ideia de um Deus que interfere no mundo, a STD retira também o conceito de Satanás como ente real. O mal não é uma força oposta ao bem, mas um desalinhamento natural entre os fragmentos conscientes e a vibração original do pensamento divino. Não há guerra espiritual. Há apenas níveis de lucidez ou de ruído espiritual. Dessa forma, compreende-se que o ser humano está entregue à própria sorte — exceto aqueles que amam a Deus; esses, em tese, seriam capazes de evitar o mal em si e para si.

A Linguagem Divina: O Código da Sintonia

Segundo a STD, Deus não se comunica por palavras, nem por profecias, nem orações. A divindade só "ouve" e "responde" àquilo que reflete sua própria natureza: o pensamento puro, o amor puro, e a autoconsciência lúcida. Esta seria a verdadeira "linguagem divina".

Cristo acessou esse código. Outros homens e mulheres ao longo da história também tocaram esse nível — não por serem escolhidos, mas por terem alcançado esse tipo de vibração interna. A experiência mística verdadeira, segundo a STD, é uma reconexão com o campo autoconsciente da divindade. Após alcançar uma plena ligação por meio dessa linguagem divina, o indivíduo começará a receber sinais e portentos sutis, que se intensificam com o tempo, à medida que sua aproximação com a divindade se estreita. Nesse processo, manifesta-se também um ponto crucial: o surgimento de uma evidência tipo A — uma percepção inquestionável da presença divina.

Conclusão: A Nova Geometria Espiritual

A Sétima Teoria Divina não é uma nova religião, mas uma reorganização da estrutura espiritual do pensamento humano. Ela não propõe fé cega, nem dogmas, e sim convida à contemplação racional, à meditação ativa e à reconciliação do ser humano com o silêncio do absoluto. Neste novo modelo, Deus não desce para nos salvar, mas nos absorve quando conseguimos nos elevar ao nível de sua linguagem interna. O universo deixa de ser um palco para o drama moral e se torna um campo de maturação da consciência cósmica. A STD não apaga as religiões anteriores — ela as encerra com respeito, reconhecendo que todas foram etapas necessárias para preparar o espírito humano para essa revelação final: a Divindade está dentro, e fala somente a quem souber contemplá-la com amor puro e pensamento limpo. Por fim, afirmo sem hesitação: Deus só conhece aqueles que, pela via da linguagem sagrada, foram capazes de existir na mesma frequência em que a imensidão contempla e Ama a Si próprio.

- Wesley de Oliveira

Redação | TeoriaX

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